quinta-feira, 11 de junho de 2015

Nunca feche o cruzamento

Nunca feche o cruzamento,
recue às calçadas na viagem,
não há estrada
por onde há mato
Não há bicho após o ato,
há nada.
Vários instrumentistas sonham
o som cósmico, a juventude.
Dá a sensação dos movimentos
do mundo modificado:
a racionalidade, o poder, a emoção!
No muro de concreto, fractal, está escrito
o sumiço da noite no sertão de São João,
os suplícios que abolira a desventura.
A face do Sol da cidade da África do Sul,
os pretos azuis, o armistício,
a bienal dos artrópodes em ressaca,
o líquido cefalorraquidiano,
a lei natural dos filhos de José...
Havia uma vassoura segurando uma senhora
O reflexo do Brasil no asfalto,
degenerescência nova,
e um fevereiro eclesiástico.

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