canteiros aterrados,
surpreendentes furtos
sorrisos curtos,
medo fixo.
Dentro do meu quarto e o
progresso tecnológico
um ser escatológico
se engendra.
Recrudescendo
aos poucos vai meu sentimento
pelos pés da multidão
ornamentada
e irizado um câncer na alma,
pela maligna ira
que um cão velou soldado, meu
sufoco, ainda respira.
E no raso escuro de toda a
treva
um grito que vara o horizonte,
subserviente Anacreonte,
arpoa Eva.
Aos poetas que contemplam estrelas de um céu inóspito
morrerão, desnudos diante à
noite,
pois que o dia é um raio
açoite
a prorrompe-las...
Pois que sozinhos - os
anticristos -
manifestos na rua vaga
Tão calados e distantes
sobretudo.
Sem nenhuma chance.
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