Linda
tanto que ainda
pouco é
meu todo canto.
Morte,
que tu és o enlace
tu és o
disfarce
o ofídio
manto,
que
vestes o passo
que mata
o romance
do átrio
de um santo.
Ó morte,
se toda a sorte já lhe convém
Desfavorecido
me encontro a esmo
às
custas do que detém:
eu
mesmo.
A morte,
escarro escuro,
um vão
impuro e lépida dor
equilibrada
no apuro
De dar suor!
A morte,
um rente corte
No raso
da carne!
Um lúteo
inerme,
uma epiderme
à faca em porte.
A morte
é nosso horizonte
tão
perto quão tão distante
de nós,
mas longe
da
consciência.
Morte
que vem assídua
no auge
da eficiência:
completa
inimiga
convexa
pungência
na
cálida fibra,
a madura
essência!
Ó amiga
morte, o canto alarda
por vires
lucrar
errante
eloquência,
inebriar
a alma!
Do luto
tanto é
dual
como
comuto,
tu que
devoras,
deveras,
futuras
auroras
de um
peito astuto.
Tu, que
permeias
pelas
minhas veias
sofre
consigo,
sobretudo.
Que a
pena do tempo então vague
e cesse,
por fim, num soneto
coroando
a morte ao terceto,
como a
dama fúnebre.
Que
vague a morte pelo tempo
por fim,
num soneto que finde
as
súcias do que prescinde
cuidar
que o ciclo se quebre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário