segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sarmassofobia II

Inflamado o peito mau amor clama
Dentre as náuseas por o sentires breve
ao toque, extirpar da chama a que escreve
Langores com a tinta córea, dama.

Do que oneras, desfiar-se-ão tumores
que pela vida transparecendo sórdidos
Lembrar-te-ão os desejos mórbidos
mas não cruel quanto a dor de amores.

Quando no vão torpor romperes a alma
Um anjo ressequido pela treva
Lhe estenderá pútrida palma.

Pela mortalha que sôfrego leva
ao peito por hausto a hasta em trauma
Tu poderás nada quão deva.

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