Vais me
dar algum direito
De dizer
o quanto és bela
Que cá
ao peito se atropela
Por
encanto com o perfeito.
Meu amor
vai me pedindo
Implorar-te
a forma atenta
Ao
coração que rebenta
E eu que
vou com ele indo.
E perdoe
acordes falhos
Que ouso
vil lhe poetar
P’ra meu
verso se encontrar
No
profundo dos teus olhos.
É que
estou inerte à vida
Se tu
não estas por perto
E faleço
se alerto
Da
presença tua saída.
Meu
desejo nunca irá
Consumar-se
em alegria
Se
faltares ao meu dia,
Só o
pranto me virá.
Quero,
pois, cantar-te, linda
Que
floresce em grande encanto,
Não
penses tu que este canto
É mais
eu que tu ainda!
Da
candura colimar
O teu
cacho negro fosco
De onde
encontro e desenrosco
Angustiado,
o apaixonar!
Estarei
onde tu estás,
Perseguindo
teus cabelos
E
prostrando-me em joelhos
Entre as
flores p’ronde vás.
Vós que
completa ternura
Com tua
face dialética...
Se em
silêncio és hermética
Anjos
cantam em ruptura!
Solo e
cálido contesta,
Meu
querer, não perpetuar
A
insensatez de estar
Me
dispondo para esta...
Que
interrompe o soluçar
Da
sôfrega fibra córea
Ao
coalescer da história
Minha e
tua de se amar.
Bem como
lhe entrego-me inteiro
Para cá
ao momento dizer
Tais
rogos p’ra te conceber
À cisma
do beijo ao qual beiro
Serás a
pessoa querida
Por
entre as sendas de minha vida
Como eu
para ti quero ser.
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