Para o
fundo, imergindo em águas
Cautelosamente
escrevo louco
Engrenando
o enigma obtuso;
Vejo que
também vi, confuso,
Protuberâncias
inextricáveis.
Os ossos
da mão são coisas palpáveis
E os
homens desagradáveis,
De seu
uso tenho só o uso
De
experiências ineficazes.
Mas se
escrevo sinceramente
Me
percebo tal como o ente
Social
dos insociáveis:
Com o ar
puro do sentimento
Me
visito solenemente!
Como,
pois, pode aí ter
Existência
do que é não ser
Substância,
como é o osso,
E vagar
com o que é sofrer
Soçobrando-me
ao prorromper
De
espreitar paixão que não posso?
Visitar-me
implica-me mais
Forte
esforço de meu trabalho
E
braçadas vitruviais
Espelhando
o celeste pálio,
Ressoar-se-á
levemente
Na
palavra proveniente
O fulgor
dos meus ancestrais!
E
expulso, serenamente
Presto, o ente que de repente
Crava as
garras em meus umbrais
Que, na
angústia eternamente,
Vive às
velas do inconsequente
Leitor
que não virá jamais.
Posso
então ressurgir do fundo
Tendo em
mãos liras cordiais
È paciência
que fita o mundo
E tocar
como se apraz
Ao
humano ineficaz,
E pensar
que mudarei tudo...
Triste
sou dos mais tristes mas
Libertado
por poesia!
E me
afogo, como dizia,
Em
pensamentos desiguais,
[pois
sustento a emoção singela
De me
ater e atracar-me nela
Indo a
dentro em mim p’ra não mais.
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