Há
tempos eu vi o prefeito
No pódio
de sua eleição
Vira
para as caras e encara
A face
da população,
Nas boas
novas da ascensão
Escarras
sintaxe, escarra
Promessas
de perfeição.
Um mês,
foi um mês
E mais
um
E outro
depois,
Depois
outro...
O mantra
político escroto
Relevará
fácil mais três!
Na morte
sutil do mandato
Findou-se
aquele hibernar
Desfilando, tal como um santo,
Por
entre o povo a esperar
Que ele
intervenha assíduo
Na vida
do indivíduo
Que já
também vai a minguar.
O homem
espera sorrindo
O outro,
igual, para lutar,
Pois ele
não quer desfrutar
Da vida desmilinguido;
O homem
é o próprio Senado:
À toa,
tolo e truncado,
Malandro
que segue a corrente.
E o
jovem é pleno doente
Perpétuo,
tal como é o ente
Prefeito,
inanimado.
Coitado
do povo, coitado
Do resto
da vida da gente...
Coitado
do inconsequente
Cidadão
do voto intrincado.
Coitado
do povo inocente
Que era
somente a semente
E
tornou-se sedimentado.
O fim da
história é um fado
Tocado
entre as praias serenas,
Meu pai
viveu com meus problemas
E eu sou
do povo coitado,
Perdendo-me
vou membro a membro
No prato
que soma dezembro
Com
risos do povo, coitado.
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